domingo, 5 de outubro de 2008

O Brasil é tão bom quanto o seu voto...



O melhor programa de humor da TV brasileira, sem dúvida, é o horário eleitoral. Este ano: Lady Kate, Pezão, Gostosinho, Biliu do Sertão, Adriano dos Segurança, Fernanda Benvenutty, João Motoboy, Joza da Pamonha, Você me conhece, Zé da Padaria e outros, fizeram a alegria do telespectador pessoense. Mas, ficaria bem mais a calhar, se todos eles começassem seus discursos com: "Caros idiotas de João Pessoa..."

Hoje a fila do supermercado tava farta. Nos carrinhos de compras... muito alcool. Privar o povo brasileiro de se embebedar em pleno domingo eleitoral? Malvadeza. Talvez o voto consciente que eles tanto prezam, fruste um pouco os sóbrios eleitores. Depois, quando a merda-consciente estiver feita, o sóbrio-eleitor há de carregar um grande fardo.

Se eu fosse descrever essa situação apenas com uma palavra, eu diria, é ENGRAÇADO. Num contexto amplo, o "engraçado" pode transitar entre tudo que há de mais patético no mundo, até um humor criativo e inteligente. Deixando agora os meus devidos parenteses, afirmo que tudo isso se enquadra magnificamente na linha categórica do humor patético.

Até umas dezenas de membros do clérigo estão em peregrinação pro mundo político. Talvez o emprego da fé no Brasil esteja sem campo de atuação. O que mostra a descrença do povo brasileiro.

Uma lástima!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cheiro de Passado




O cheiro nos vem metediço no ar. As vezes passa batido, em outras entra desordenando tudo. Te traz lembranças; Te faz voltar no tempo. Cheiro de passado, mas não de mofo, ele parece estar tão vivo quanto antigamente. Então a lembrança retrocede nostálgica e as sensações transgridem em total sinestesia. É tudo tão familiar, que esse passado esvaído, se faz íntimo.
As lembranças fazem parte da gente. Ficam todas vagando por ai. Ou até mesmo, guardadas numa "caixinha de lembranças", perdida em algum dos esconderijos do nosso pensamento. Até que um dia elas resolvem voltar desvairadas e te levam em odisséias a um pedaço do teu passado, como um Flash Back.
Mas tudo tá tão diferente. Os sonhos já não são os mesmos. É outra pele, outro suor. A cabeça mudou, as folham caíram, o mar avançou, a face envelheceu... Só o cheiro que parece perpetuado no tempo. E quando menos se espera, ele reaparece e nos faz surpresa, trazendo consigo as chaves da nossa "caixinha de lembranças".

Carol