sábado, 24 de maio de 2008

Relatos de uma dependente.


Ando em crise com a modernidade. Logo eu, ser cuja inoperância circunda incessantemente. Em pensar que as correntes utópicas do século XIX diziam que a modernidade viria para dar sossego ao homem. Doce ilusão. Na modernidade nada cessa. Não há tempo para refletir sobre o trabalho, o homem tá mecanizado, como se estivesse sido programado para triplicar os cifrões, só isso. Estamos sempre em fluxo contínuo, mas em direção a que? Aos cifrões do desejo? Sem que nos dessemos conta, atribuiram aos nossos desejos, um pedaço de papel. E sutilmente fizeram-nos depender dele, quando o atribuiram o poder de saciar nossas necessidades fisiológicas. E como se já não bastasse, as necessidades psicológicas.
Carol




4 comentários:

Astolpho disse...

é, minha querida, é foda.

Rafaela Meneses disse...

Um pedaco de papel, que manda no mundo.
Fruto da ambisão, de quem jamais serà saciado...

George Ardilles disse...

A "moderna idade" é uma crise por si própria, justamente por ser tão imatura. Diante de séculos de escrita, somos apenas orelhas de livros mal escrito ou ainda em construção.

Anônimo disse...

Realmente, a modernidade não é o futuro q os nossos antepassados esperavam. Mas será que nós não podemos fazer com que um próximo futuro seja uma modernidade próspera, repleta de coisas boas? Está tudo na nossa mente. Todo o controle de todas as situações. Talvez esse seja o maior erro ou a maior dificuldade do HOMEM na modernidade... O HOMEM não se preocupa em usar a mente para obter coisas boas... a futilidade do HOMEM faz que o pedaço de papel seja um instrumento maligno, e o HOMEM não se da conta de que com esse puto pedaço de papel ele pode melhorar, pelo menos teoricamente, o mundo. O culpado de toda a desgraça, ta na cara quem é né....